EDITORIAL – Quem paga a conta pela ignorância?
Os dados do painel Coronavírus Brasil apontam hoje que quase 610 mil vidas foram ceifadas por uma doença para a qual, felizmente, já existe vacina.
Os dados do painel Coronavírus Brasil apontam hoje que quase 610 mil vidas foram ceifadas por uma doença para a qual, felizmente, já existe vacina.
2020 foi o ano do caos! Apesar de 2021 continuar sendo parte das consequências da pandemia, só aparentemente as pessoas se acostumaram com o “novo normal”.
A 16ª edição d’ O Consoante se propõe à abordagem de diferentes aspectos relacionados ao contexto pandêmico, sobretudo, as consequências e desafios para a educação, ciência e univerisdade.
Desde 12 de março de 2021, data em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou a pandemia do novo coronavírus, os brasileiros sofreram alterações em sua vida. Com o passar dos meses e com o aumento de casos, foram diferentes decretos para estabelecer o isolamento social, e algumas atividades presenciais passaram a ser remotas e se estenderam por meses, como as aulas.
A realidade pandêmica que assola o mundo alterou todo o modus vivendi que as populações (re)conheciam como habitual. Em meio a tantas reinvenções emergenciais que foram necessárias, o sistema educacional foi posto à prova.
Em uma tarde do mês de março de 2020, a professora Janaína estava ligando para seu técnico de confiança. A partir daquele dia as aulas presenciais estavam suspensas e os professores de sua escola gravariam aulas utilizando o aplicativo Loon, uma ferramenta parcialmente gratuita para gravação de vídeos a partir da tela do computador.
No atual contexto pandêmico em que estamos vivendo, desde março de 2020, em específico no Brasil, em que os casos só aumentam e a demanda de vacinas não é suficiente para a sexta maior população do mundo, todas as atividades e rotinas viraram de cabeça para baixo. Todos tiveram que se adaptar a um novo mundo, com novas regras e precauções.
Na pandemia ocasionada pela Covid-19, a urgência sanitária de distanciamento social trouxe grandes desafios à educação – e também novas demandas. Com o Ensino Remoto Emergencial (ERE), alternativa encontrada para viabilizar a continuidade das ações de ensino, “professores se depararam com uma nova forma de interação com seus alunos e de planejamento de suas aulas e com as novas metodologias a serem inseridas em um formato até então desconhecido por muitos”, explica a Prof.ª Dr.ª Alexandra de Oliveira Abdala Cousin, pró-reitora de ensino da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Com quase 18 milhões de casos confirmados, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, e um ano e meio após a chegada da primeira cepa do coronavírus no Brasil, as taxas de ocupação dos leitos continuam altas e o país já ultrapassa a marca de 500 mil vítimas da Covid-19. Embora especialistas de diferentes áreas tenham alertado (e ainda alertam) sobre a situação crítica do contexto brasileiro, é notória a descrença e a negligência de uma parcela significativa da população no que se refere aos cuidados a serem tomados e intensificados para a prevenção de contágio do coronavírus.
A pandemia causada pelo novo coronavírus teve vários efeitos na educação de estudantes e instituições educacionais em mais de 100 países ao redor do mundo. Sabe-se que, até agora, mais de 6,9 milhões de pessoas morreram ao redor do globo em decorrência da propagação do vírus.