por Paulo Cruz e Tayana Almeida

           Na primeira semana de aula é informado que o curso de Letras é dividido em três departamentos: DLP (Departamento de Língua Portuguesa), DLM (Departamento de Letras Modernas) e DTL (Departamento de Teorias Linguísticas e Literárias). Em comemoração aos 50 anos do curso de Letras, O Consoante procurou descobrir a história da divisão do antigo DLE em três departamentos que dão vários tipos de suporte aos alunos e proporcionam eventos de qualidade para a graduação e pós-graduação.

           A divisão dos departamentos está, naturalmente, atrelada a história do curso. De acordo com um documento oficial da secretaria do DTL, o curso de letras da UEM teve origem no curso de Letras da antiga Fundação Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Maringá (FFCLM), instituição que marca o início da própria Universidade Estadual de Maringá, criada em 1969, e reconhecida oficialmente em 1976. Entretanto, o curso de Letras já havia sido constituído dois anos antes, dia 22 de fevereiro de 1967, ocasião em que se deu a primeira reunião do curso de Letras. Até 2013, o curso possuía um único departamento, o DLE (Departamento de Letras).

            No início era oferecida somente a habilitação dupla Português-Inglês. Já em 1968, via-se a expansão com a criação de outra habilitação dupla, Português-Francês. Foi apenas em 1979 que o Departamento de Letras passou a oferecer a habilitação única Português e Literaturas Correspondentes. Tendo em vista que os professores que compunham o departamento eram especializados em diferentes áreas dos estudos da Linguagem, cujos interesses e focos de pesquisa nem sempre eram similares, foi proposto, em 2009, a divisão do DLE em três novos departamentos. Essa divisão, no entanto, foi efetivada de fato somente em 2013. Cada um dos Departamentos possui seus chefes. Atualmente, no DLM, o chefe e chefe adjunto são, respectivamente, os professores Ana Paula Guedes e Edson JoséGomes;  no DLP, os professores Manoel Messias Alves da Silva e Jacqueline Ortelan Maia Botassini e no DTL,  os professores Flávia Zanutto e Luiz Carlos André Mangia Silva.

             A função dos chefes de departamentos é bastante burocrática, relacionada á questão administrativa, ligada ao desempenho profissional do docente nas questões trabalhistas, direitos que eles tenham com relação a férias, licença prêmio, pedidos especiais dentro da carreira acadêmica e problemas eventuais que acontecem, como licença doença. Eles também cuidam da orientação e verificação do horário de trabalho de professores e técnicos ligados aos departamentos, dialogam com o Colegiado nas conciliações de atividades docentes e discentes, pelas compras para manutenção do espaço físico, da sala dos professores e das salas de aula, entre tantas outras atividades que surgem ao longo do ano.

             Cada departamento possui responsabilidades e contribui em diferentes frentes para o curso de Letras. O DTL é responsável por gerir as atividades relacionadas à participação docente na graduação e de executar decisões do PLE (Programa de Pós-graduação em Letras), que ficou vinculado ao departamento – uma decisão tomada pelo fato de a maioria das disciplinas e de professores do PLE serem deste departamento. O DLP é dividido em duas grandes áreas, a de Língua Portuguesa, responsável pelas disciplinas ligadas aos conteúdos que o futuro professor precisa para estar em sala de aula, como a disciplina de estágio e a área de Libras, esta última se fazendo presente em todos os cursos de licenciatura da Universidade. Além disso, o departamento também é responsável pelo PROFLETRAS (Programa de Mestrado Profissional em Letras). Por último, o DLM, que é responsável pelos exames de proficiência em língua estrangeira da universidade e pelo programa Paraná Fala Inglês.

            Diante de tantas responsabilidades é imaginável que nem tudo seja fácil de resolver, mesmo com o empenho dos chefes, alguns pontos escapam às suas mãos e acabam gerando grandes problemas, como contou o Professor Manoel do DLP: “há uma política de restrição por parte do governo do estado que dificulta o nosso trabalho. O estado não disponibiliza verbas o suficiente para manter o departamento. Há professores que irão se aposentar em breve e o governo não abre concurso para contratarmos um novo professor”.

            Aliás, essa é uma situação presente nos outros dois departamentos, como afirmou a Professora Ana Paula Guedes, chefe do DLM: “um grande problema é a contratação dos professores, que é responsabilidade do chefe mas que não depende só do desempenho dele, depende de políticas públicas, por exemplo, em nosso departamento temos cinco vagas de professores aposentados e governo não libera vaga pra concurso”. Segundo a professora Dra. Flávia Zanutto, chefe do DTL “há, no atual contexto político, dificuldades geradas pela impossibilidade de gerir algumas questões necessárias ao funcionamento da secretaria e do curso: contratação de mais um servidor técnico; contratação de professores colaboradores e efetivos; aquisição de equipamento eletrônico para as aulas na graduação; manutenção do espaço físico e a execução da ampliação do espaço físico”.

            O Consoante ouviu também o funcionário Adelino Marques, secretário do PLE (Programa de Pós-Graduação em Letras), que está há seis anos vinculado ao DTL. Adelino contou sobre o seu trabalho no setor. De acordo com ele, é atribuído ao seu cargo atividades como dar atendimento externo, divulgar os avisos, materiais externos, editais e outros documentos pertinentes ao Programa, organizar e manter o cadastro dos alunos e auxiliar a coordenação do PLE na elaboração de relatórios exigidos pelos órgãos oficialmente encarregados de acompanhar o desenvolvimento do Programa. Na visão do secretário, o Programa, além de promover a capacitação dos alunos nas áreas de Mestrado e Doutorado, vem contribuindo para dar visibilidade à Universidade, em dimensão nacional e internacional.

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