por Ana C. Leite e Tayana Almeida

       Em comemoração aos 70 anos da cidade de Maringá, a Copel trouxe ao Museu de História e Artes Hélenton Borba Côrtes a exposição Múltiplo Leminski. O evento teve início no dia 09 de junho e se encerrará no dia 24 de setembro. Além da exposição, ocorrerão outras atividades paralelas, assim como as do dia 24 de agosto: o Show Leminskanções com Estrela Leminski e Téo Ruiz; uma palestra com José Miguel Wisnik; e a Visita guiada com a curadora Alice Ruiz. Nos dias 13 e 14 de setembro também haverá uma mostra de filmes e vídeos sobre a vida e obra do poeta.

        A exposição teve seu início no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, cidade natal de Leminski, em 2012, com a iniciativa da diretora do Museu, Estela Sandrini. A arte e a organização visual da exposição são do artista plástico Miguel Paladino, que também foi responsável por outras duas exposições em homenagem ao poeta.

      O nome da exposição não poderia ter sido melhor, tendo em mente a multiplicidade de trabalhos que o poeta integrou. Leminski além de poeta, também foi biógrafo, tradutor, professor, redator publicitário, compositor e muito mais. A exposição conta com um acervo belíssimo e exclusivo, composto por imagens desde a infância à vida adulta do poeta, livros publicados e traduzidos, rascunhos e cadernos, letras de música, biografias, textos publicitários em suporte original, um espaço infantil, itens pessoais de seu escritório, como a máquina de escrever ainda com a última folha que ele utilizou, e poemas. Poesias nas diversas formas, cores, fontes e suportes, de todos os livros e estilos do poeta curitibano, expostas nas paredes, nos pilares, em tecidos suspensos, televisões e até no chão.

       O Consoante conversou com um dos monitores da exposição, Nathan Gomes Martins. De acordo com Martins, nesta exposição não há necessidade de os visitantes serem guiados. O objetivo dos monitores é cuidar do acervo. “Áurea – também curadora e filha de Leminski –  e Alice me disseram que a obra do Paulo Leminski não precisa ser explicada aos visitantes, é para deixarmos que cada um faça sua própria leitura, em seu próprio tempo”. Os monitores também têm a tarefa de interagir com as crianças e, quando as escolas comparecerem no mês de agosto, explicar aos alunos sobre as obras expostas, dirimindo dúvidas e garantindo um maior aproveitamento da exposição.

       Sobre a expectativa de público, Martins respondeu que ambas as curadoras esperam, em média, seis mil visitantes, que foi o número alcançado em outras cidades por onde já passou a exposição”. Ao ser perguntado o que tem sido feito para alcançar essa meta, visto que Maringá é menor que outras cidades que também receberam a mostra, Martins explicou: “Os organizadores do evento fecharam com várias escolas, tanto públicas quanto privadas, daqui da cidade. Então acredito que conseguiremos alcançar essa meta”.

        Mais de mil pessoas já prestigiaram a exposição e observaram, em pleno encontro com o poeta, as variadas facetas que Leminski ostentava. A exposição conta com uma presença significativa de visitantes de cidades vizinhas a Maringá, como também de São Paulo, Ribeirão Preto, Campinas, Araçatuba, São Roque e até mesmo de Manaus.

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