imagem: Correio Braziliense

 

                  A pandemia da Covid-19 não acabou, por isso entidades governamentais de todo o mundo, sobretudo da área da saúde, correm contra o tempo para frear a contaminação e mortes que ainda se espalham pelos quatro cantos do planeta. No Brasil, as doenças parecem outras: o negacionismo científico, a distorção das informações e o “apagão” dos dados.

              Uma nova variante já vem preocupando as autoridades científicas e de saúde. Mas o que se sabe verdadeiramente sobre a Ômicron no Brasil? O jornalismo fica “às cegas” quando não consegue informações oficiais concretas para cumprir o seu papel de cobertura dos fatos. Aliás, não demorou muito para que veículos de imprensa criassem um consórcio para poder noticiar o avanço da pandemia e os números da contaminação e de óbitos. Mas “e daí” se vier uma nova onda da pandemia?

                    A facada é justamente saber que a pandemia não é apenas um acidente, de um vírus que se transmitiu de pessoa para pessoa. Há uma responsabilidade sobre ela por conta de decisões equivocadas e, sobretudo, pelo descaso com a vida humana, que passa pelo desmonte da ciência no país, um projeto muito bem arquitetado e que vem sendo executado há muito tempo, mas que ganhou força nos últimos anos. Por meio de notícias (isso mesmo, resultado de um jornalismo sério) é possível reconhecer uma parte desse projeto que, de forma escalonada, passa pela ameaça a agentes da esfera pública, servidores que cumprem o seu papel de agente do estado, independentemente de bandeira político-ideológica.

                 E como tudo isso não bastasse, assiste-se a um novo capítulo em meio à novela política da vacina, o da imunização das crianças contra o coronavírus. Se de um lado entende-se a vacinação do público infantil como necessária e defendida pelo órgão responsável por sua aprovação, de outro, as mesmas personagens insistem em boicotar a ciência. Mais um ano está para começar, sem que se tenha a mínima ideia de como a ciência e o jornalismo sobreviverão a um vírus que se instalou no país em 2018.

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