por Raphaela Caparroz

 

            A mesa “Crônica Maringaense”, na tarde de ontem (7), na FLIM, aproveitou-se do espaço para discutir questões que vão ao encontro com a forma e o interesse de escrita dos participantes, Thays Pretti e Victor Simião. Foram apresentados pela mediadora Maria Almeida incentivadores da área cultural em Maringá.

            A temática principal da mesa foi a produção de escrita cotidiana, discutindo as experiências pessoais dos cronistas, de como foi a entrada deles nesse universo da literatura, no que (e como) eles se inspiram para escrever, os livros que os influenciaram e, principalmente, como se veem no papel de autores. Falaram também sobre a dependência de prazos quando se trabalha como colunista ou filiado a uma rede radialista, já que o processo de inspiração de ideias é dificultado pelo tempo limitado.

           Em outro momento, a plateia, em sua maior parte crianças, fez muitas perguntas e se interessaram pelas discussões e pela receptividade dos participantes. A mediadora pediu que os entrevistados contassem a respeito da do gênero crônica e como eles lidam com as críticas dos leitores. “Nas minhas publicações, era bem interessante esse retorno que eles faziam. A primeira vez que eu recebi um e-mail foi impactante para mim saber que tinha alguém do outro lado. Eu acho que essa questão da periodicidade querendo ou não te aproxima, por que quando você vê alguém toda semana, você se afeiçoa a pessoa, e por muitas vezes esse afeto vêm especialmente do leitor. Eu acho que é pelo fato da crônica ser muito próxima do eu, e aí surge essa sensação de conversa” disse Thays Pretti.

Na sequência do debate da mesa ficou em torno da importância da literatura para a sociedade atual, ainda que o público esteja acumulado de distrações tecnológicas e sejam induzidos para artes que são mais midiáticas e interativas, eles estão ocupando locais culturais. Com isso, Victor externou sua opinião: “Maringá é um ponto fora da curva para questões de arte, independente de quem gosta ou não, a Maria, nossa mediadora, diz uma frase importante que é: A FLIM é o natal para quem gosta de livro. E se uma dessas crianças que estão aqui já se interessar ou já conseguirem se inspirar a partir da literatura, aí faz sentido ter uma festa como essa por aqui”

           Por fim, os participantes contaram sobre o primeiro contato que tiveram na infância com livros e relembraram alguns textos que foram importantes para formação deles. Um jogo de palavras também foi proposto para conhecer melhor Thais e Victor, o qual acabou prolongando a duração da mesa e dando um tom mais informal a ela.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *