por Anna Larissa Rodrigues e Lucca Portolese

 

             A Universidade Estadual de Maringá (UEM), como conhecemos hoje, desempenha um importante papel para a cidade e região. Na UEM são feitas as inovações tecnológicas, descobertas científicas, onde são planejadas e muitas vezes acontecem as manifestações culturais e sociais em prol de benefícios à sociedade, as rodas de discussão etc. Porém, a Universidade não é só importante internamente. Fora de seus muros, a UEM desempenha um papel socioeconômico e cultural essencial para Maringá e cidades vizinhas.

            Inaugurada em 1969, a instituição oferece ao todo 199 cursos, sendo 60 cursos presenciais, 9 a distância, 53 especializações, 51 cursos de mestrado e 26 de doutorado. Garantindo um fluxo constante de aproximadamente 23 mil alunos (de Maringá, região e até de outros estados), que alimentam o comércio e prestação de serviço – aluguel de casas e apartamentos, pensões, pousadas, restaurantes, lanchonetes, academias, lojas, etc.- próximas a UEM. Grande parte dos alunos, devido ao alto tempo de deslocamento até sua cidade natal, acaba por permanecer próxima à Universidade, formando o “Jardim Universitário” ou Zona 7 de Maringá.

           Segundo a Web of Science, com compilação da Clarivate Analytics, a Universidade Estadual de Maringá é a instituição de ensino superior estadual que mais realiza pesquisa no Sul do Brasil e a quinta em âmbito nacional, com 3.656 artigos científicos publicados entre os anos de 2014 e 2018. Ela está situada entre as 30 melhores instituições do país de acordo com o Ranking Universitário Folha (RUF).

               A UEM conta com projetos sociais muito importantes que visam atender a comunidade estudantil e externa, como o Idioma sem Fronteiras (ISF-UEM/MEC). Segundo a Prof. Dra.  Neiva Maria Jung (DLP), coordenadora pedagógica do projeto, o ISF é uma política pública vinculada ao Ministério da Educação. A UEM se credenciou nesse programa em 2017, quando passou a ofertar o inglês e o português para estrangeiros. “Esse programa é destinado para estudantes estrangeiros da instituição, com possibilidade de atender a comunidade externa como parceiros”, explica a professora. Atendendo estrangeiros que estão vivendo em Maringá e região, estudando ou trabalhando, este projeto é de extrema valia para todos os envolvidos e para aqueles que são impactados com os resultados desse programa, isto é, todos nós. “Nas turmas até agora atendidas o retorno dos alunos é muito positivo, uma vez que a aprendizagem do português os auxilia imensamente no trabalho, na vida do dia a dia, no vestibular que alguns prestaram e obtiveram aprovação, na prova do Celpe-Bras prestada por alguns, ou seja, o português contribui para a mobilidade dos migrantes na cultura e vida de Maringá e região”, destaca Neiva.

             No quesito desenvolvimento urbano, o projeto beneficia toda a cidade e não só os alunos. “Uma vez que a aprendizagem do português possibilita que os estrangeiros se insiram melhor na sociedade, tenham maior mobilidade social e nos possibilitem a convivência com a diversidade. Esta possibilidade nos levará a um maior conhecimento de quem somos nós, do que nos constitui em termos de culturas, contribuindo para visões menos preconceituosas e de menos violência simbólica com aqueles que são posicionados como os ‘outros’”.

         Não obstante, além de impulsionar a academia, a Universidade Estadual de Maringá forma anualmente profissionais de alto padrão que elevam o nível da cidade. Por exemplo, Maringá é hoje considerada referência nacional em Tecnologia da Informação, o que possibilitou uma nova atividade econômica muito importante para o município. Sabe-se que a UEM é uma grande formadora desses profissionais. “Para nós, alunos da área de Tecnologia da Informação, a UEM oferece uma boa base teórica sobre toda essa área, o que facilita o aprendizado das novas tecnologias. Além disso, nos são apresentadas empresas e startups na prática, por meio da matéria de Inovação. Esse contato permite uma mais rápida adaptação ao mercado de trabalho atual, independente da função a ser exercida”, explica Antônio Roberto dos Santos, estudante do 3º ano de Ciências da Computação.  Além disso, em âmbito de saúde, a UEM presta importantes serviços à comunidade, a exemplo do Hospital Regional Universitário de Maringá (HU), que foi considerado referência no cuidado de pacientes quando se trata da clínica cirúrgica, ala do hospital responsável por pacientes que foram submetidos a cirurgias agendadas ou de emergência e urgência. A enfermeira Fabiane Minine Martins de Oliveira, encarregada do setor no HUM, afirmou, em reportagem veiculada por um jornal da cidade, que o setor pode atender vinte e um pacientes entre ortopedia e cirurgia geral. Ainda segundo Fabiane, na mesma reportagem, os pacientes podem ser encaminhados pelo Pronto Atendimento (PA) quando existem casos de emergência ou urgência. Eles são operados ou encaminhados para aguardar cirurgia. Há também as cirurgias eletivas, com data marcada pelo ambulatório do HUM.

             É inegável o quanto uma cidade e sua região se desenvolve com a presença de uma universidade, ainda mais tão conceituada como é a Universidade Estadual de Maringá. A Universidade, de modo geral, possibilita o pensamento crítico, a produção de conhecimento, a inovação tecnológica e oferece diferentes serviços a toda a população. Assim, se pode entender, também, o quanto a UEM já vem contribuindo com o desenvolvimento das cidades e seu entorno onde estão instalados os campus regionais: Cidade Gaúcha, Cianorte, Diamante do Norte, Goioerê, Umuarama e Ivaiporã.

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