por Felipi Yamabe e Marina Brito
Qual a importância da leitura para a construção de nosso repertório simbólico? Para além de pensarmos os caminhos da leitura, poderíamos refletir sobre a leitura como horizonte. Com esses questionamentos e reflexões a palestra “Caminhos da Leitura” foi iniciada na tarde de sexta-feira (23) no auditório Sertões da FLIM. A palestrante Fabíola Farias, graduada em Letras, mestra e doutora em Ciência da Informação, Gerente de Coordenação de Bibliotecas e Promoção da Leitura da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, abordou o tema da importância da leitura e da biblioteca.
Fabíola começou contando a história de uma judia alemã que teve que fugir do regime nazista de Hitler. Depois do fim da 2° Guerra Mundial, ela volta para Alemanha e abre uma biblioteca em Munique, mais tarde conhecida como Biblioteca Internacional da Juventude.
Durante a palestra, Fabíola discutiu sobre sua indagação com a crise que acontece na atualidade. “Nunca se produziu tanta riqueza, tanto conhecimento, quanto no tempo em que vivemos, mas ao mesmo tempo convivemos com a extrema pobreza. É aceitável que em pleno século XXI ainda haja pessoas passando fome?”, questionou. De acordo com a palestrante, a leitura não é uma condição para a cidadania, mas um produto dela. É a ampliação da liberdade, em que passamos a ter uma noção de realidade na qual não convivemos, além de ampliar nosso olhar para o mundo.
Em certo momento, Fabíola Farias perguntou para a plateia, formada em sua maioria por alunos de um colégio de Maringá, como eram as atividades na biblioteca da escola. Uma professora de escola pública subiu ao palco para responder e comentou sobre os projetos da escola em que leciona.
Para concluir, a palestrante incentivou os estudantes a irem a uma biblioteca pública e compartilhar suas leituras com os colegas. Ao final da palestra, várias perguntas foram respondidas por Fabíola. Esta ainda ressaltou a relevância de discussões sobre literatura, música e poesia nas escolas.