Em comemoração aos seus 50 anos, o  curso de Letras da Universidade Estadual de Maringá abre suas portas para um vislumbre dos efeitos desse meio século de história 

por Giovanna Ursulino, Isabela Cristo e Lucca Portolese

          O curso de Letras da Universidade Estadual de Maringá foi constituído em 22 de fevereiro de 1967 sendo sua origem na antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Maringá (FFCLM). Segundo dados do site da universidade, a FFCLM também é um marco na origem da própria UEM. Desde então muitas são as mudanças ocorridas na estrutura do curso. Em 1969, o curso de Letras criou junto à Reitoria o Instituto de Línguas da UEM (ILG), com o objetivo de ofertar cursos de língua estrangeira à comunidade universitária, sendo que hoje atende também a comunidade externa, ofertando cursos de inglês, francês, italiano, espanhol e preparatórios de proficiência.

            Após reformas curriculares em 1976, 1991 e 2006 o curso de Letras configurou-se de modo a oferecer cinco habilitações: habilitação única em Português e Literatura de Língua Portuguesa, habilitação única em Inglês e Literaturas Correspondentes e Bacharelado em Tradução, habilitação dupla em Português/Inglês e Literaturas Correspondentes e habilitação dupla em Português/Francês e Literaturas Correspondentes.

              A Professora Dra. Érica Fernandes Alves, coordenadora adjunto do colegiado do curso, contou que a princípio, era realizado pelo cumprimento de créditos e passou a ser seriado. Ela ainda comentou que durante os 50 anos do curso algumas disciplinas e temáticas deixaram de ser ofertadas, enquanto que muitas outras passaram a ser incluídas no currículo, dada à mudança do país, às necessidades no âmbito do profissional de Letras, às mudanças na Educação, entre outros fatores.

         A comunidade acadêmica do curso de Letras atualmente conta com cerca de 516 alunos matriculados no curso, os quais são assistidos por 86 professores das diferentes áreas de ensino da língua. Os trabalhos nas secretarias dispõem de cinco servidores. O curso de Letras ainda conta com outros funcionários do Centro de Ciências Humanas (CCH), do Apoio aos Colegiados (ACO) e da Diretoria de Assuntos Acadêmicos (DAA) diretamente, além de funcionários de vários outros setores da UEM indiretamente.

              O curso contava inicialmente com o Departamento de Letras (DLE). No entanto, em maio de 2013 dividiu-se em três departamentos, sendo eles: Departamento de Letras Modernas (DLM), Departamento de Língua Portuguesa (DLP), Departamento de Teorias Linguísticas e Literárias (DTL). De acordo com a coordenadora adjunta “o antigo DLE foi dividido dando lugar a três departamentos, criados a partir de muita reflexão dos envolvidos, pois sabíamos que era imprescindível que a mudança ocorresse em função, principalmente, do número de professores e das diversas áreas que o curso de Letras abarca, mas que tal mudança viesse a contribuir para o melhor andamento do curso e um melhor atendimento às necessidades dos alunos”. Ainda de acordo com a Professora Érica, o trabalho entre os departamentos é sempre conjunto, pois de modo bastante coeso se aliam para decidir sobre as mudanças, os problemas e as benesses advindas do curso.

            O programa de pós-graduação do curso de Letras, por sua vez, teve início a partir da década de 1970, conforme a página da Pró-Reitora de Ensino da Universidade Estadual de Maringá (PEN) e oferecia cursos lato-sensu nas áreas de Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Língua Inglesa.

             Atualmente o programa de Pós-graduação em Letras (PLE), em nível de mestrado e doutorado, oferta atividades de pesquisa de acordo com duas grandes áreas de concentração, os Estudos linguísticos com linhas de pesquisa em Ensino e Aprendizagem de Línguas, Descrição Linguística e Estudos do Texto e do Discurso. Também os Estudos Literários, que tem linhas de pesquisa em Campo literário e formação de leitores, Construção de identidades e Literatura e Historicidade.

          O programa tem conceito 5 na CAPES e atualmente está sob a coordenação do Professor Dr. Juliano Desiderato Antonio e do Professor Dr. Alexandre Villibor Flory. Há ainda, dedicado a área de Letras e Linguística, o periódico trimestral Acta Scientiarum Language And Culture pertencente à Universidade Estadual De Maringá, com conceito A2 no Qualis/Capes 2016. Levando em consideração o envolvimento dos professores do curso de Letras bem como o apoio de outros profissionais de outras áreas e de outras instituições de ensino.

             Ao voltar os olhos para os bastidores do curso, percebe-se que trabalhar para que o curso de Letras da UEM seja o que é atualmente não é fácil e que estar no meio desse processo exige grande esforço e dedicação de todas as partes integrantes. Coordenadores de colegiado,  por exemplo, precisam participar mensalmente de diversas reuniões para estarem sempre atualizados e dispostos em suas funções, já os deveres dos professores são o de preparar, de organizar e de dividir o conteúdo que será aplicado no ano letivo, e claro, atividades que podem acabar extrapolando seu horário de trabalho, como preparar provas, organizar eventos, etc.

             O papel do aluno é algo um pouco mais singular, pois além da participação e comprometimento com as aulas, ele deve dar feedback para a coordenação a respeito das críticas e sugestões, fazendo a avaliação discente, para assim, continuar tendo um curso de excelência na Universidade Estadual de Maringá. É o que afirma a Professora Dra. Érica: “acreditamos que um grande desafio da coordenação é se manter atualizada e atenta às legislações da UEM, do Estado e da União, de modo geral para poder atuar de forma precisa na solução de problemas que possam afetar o curso”.

O objetivo do curso tem sido desde sempre formar profissionais competentes no domínio de diferentes teorias linguística e literárias, por meio do tripé Ensino, Pesquisa e Extensão, além da oferta de cursos de pós-graduação lato-sensu e stricto-sensu. Segundo a professora Dra. Érica “o corpo docente desde o princípio do curso se esmera na sua própria formação como forma de enriquecer o ensino, a pesquisa e a extensão dos universitários”, formando profissionais críticos, capacitados, responsáveis e éticos, sendo esta sua meta em todos os domínios e habilitações do curso ao longo desses 50 anos.

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