por Rafael Alves
Nesta edição, o tratamento temático diversificado contempla desde a presença de animais na nossa Universidade até o percurso das eleições gerais no Brasil. Porém, com uma característica em comum: as reportagens, gênero discursivo que se tornou carro-chefe n’ O Consoante, se construíram pelas vozes de professores especialistas de múltiplos departamentos da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Esse, sem dúvida, parece o grande destaque da edição. Assim, nós “consonantais” pudemos trabalhar com temáticas de variadas naturezas, a partir do que a própria universidade tem de mais valioso: o conhecimento das pessoas que nela estão inseridas. As reportagens, então, se constituem como um espaço para a articulação dessas vozes, inclusive as nossas, que se complementam, se confirmam, até se opõem – formando um grande diálogo, que esperamos que você, leitor@, agora faça parte.
Em ano de Copa do mundo, o que não faltou foi empolgação, principalmente no cenário brasileiro, em que o futebol é uma prática bastante arraigada à cultura do país. Mas há questões subjacentes a esse evento esportivo, que nem sempre são trazidas à tona: a imigração e as manifestações xenófobas, por exemplo. É essa discussão que será posta em foco na abertura da edição, com a reportagem “O sucesso do Forasteiro: a questão imigratória no futebol”, de Fernanda Martins e Vitória Floriano.
Na sequência, abre-se espaço para os projetos desenvolvidos na UEM. A partir de um fato inusitado, a visita de morcegos durante o 4º Colóquio Internacional de Estudos Linguísticos e Literários (CIELLI), Tiago Guimarães e Tayana Almeida, com a reportagem “Universidade, animais, convivência e aprendizado”, tratam do trabalho de pesquisadores e de voluntários na busca por conhecer e proteger os animais que frequentam o campus de Maringá.
Ainda com olhar para os projetos e programas da UEM, Íngrid Lívero e Mariana Brito, com a reportagem “Oportunidades de ensino acadêmico: a UNATI como retorno aos estudos em nível superior”, apresentam um panorama da Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI), levantando suas potencialidades, contribuições e desafios.
Na próxima reportagem da edição, “Ensino a distância: a modalidade de educação do futuro”, Anna Clara Gobbi e Ana Carolina Almeida tratam das particularidades e possibilidades referentes ao universo da Educação a Distância (EAD), a qual é alavancada especialmente pelas novas tecnologias.
Por estarmos vivendo um período bastante turbulento na política brasileira, Kellen Ramos e Daniela Schüroff, ancoradas, sobretudo, em diferentes pontos de vista, abordam a temática da corrupção, amplamente divulgada pelos meios de comunicação no Brasil, colocando-nos um questionamento, que é título da reportagem: “Corrupção tem remédio?”.
Na sequência, no que diz respeito à época eleitoral, Isabela Cristo e Anna Larissa Rodrigues expõem, com a reportagem “Eleições gerais no Brasil: o processo de consolidação da democracia no país”, o percurso histórico pelo qual o Brasil passou para a efetivação do direito ao voto e da democracia, com ênfase em como tal situação se configura nos dias atuais.
Para fechar a edição, Lucca Portolese conta a história da professora Marta Bellini por meio do perfil intitulado “Fala baixo ou eu grito!”. Nele, podemos ver o comprometimento de Marta com os movimentos sociais, além de momentos de resistência e superação. A professora atualmente faz parte da Seção Sindical dos Docentes da UEM (SESDUEM) e está vinculada ao Departamento de Fundamentos da Educação.
Esperamos que você aprecie a leitura dos textos dessa eclética edição, que é fruto, em grande parte, da colaboração de representantes do corpo docente da UEM, que se colocaram à disposição de O Consoante, viabilizando o desenvolvimento deste trabalho. Fica, aqui, registrada nossa gratidão a esses interlocutores! E também a você, car@ leitor@, que, ao decidir interagir com nossos textos e, portanto, com todas essas vozes, é igualmente nosso interlocutor e está junto conosco nessa teia de diálogos que permeia nossas vidas.