por Izabelle Diniz, Laura Galuch e Talita Souza

 

             2019 foi um ano ímpar. Ímpar não apenas no número, mas pelos acontecimentos econômicos, políticos, sociais, que ganham significados diferentes de acordo com o ponto de vista pelo qual são analisados. Desse modo, podemos enumerar alguns assuntos e suas diferentes interpretações:

  • Universidades públicas: para uns, são locais de “balbúrdia”; para outros, espaço de desenvolvimento de pesquisas, de estudos e de formação de profissionais qualificados.
  • Ciências Humanas: para muitos, área insignificante, cujo conhecimento produzido não gera riqueza; para muitos outros, área que produz conhecimento sobre as relações humanas, a arte, as línguas, a educação e, sobretudo, que forma profissionais – principalmente professores – capazes de analisar cada fenômeno em sua conjuntura social. Nesse sentido, torna-se uma ameaça, pois pode emancipar e dar autonomia de pensamento.

           Nós, d’O Consoante, corroboramos a ideia de que as Ciências Humanas são fundamentais para o desenvolvimento humano e crítico dos indivíduos. Por isso, esta edição é composta por 12 reportagens, cujo tema de cada uma é um dos cursos lotados no Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCH) da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Discutiremos, portanto, estes cursos: Artes Cênicas, Artes Visuais, Comunicação e Multimeios, Ciências Sociais, Filosofia, Geografia, História, Letras, Música, Pedagogia, Psicologia e Secretariado Executivo Trilíngue. Assim, por meio das reportagens, procuramos mostrar as especificidades de cada um, com o intuito de ampliar a visão cotidiana e o senso comum tão propagados pelos veículos midiáticos e pelas redes sociais.

            De forma geral, damos voz àqueles que escolheram essas áreas, com a finalidade de reiterar o seguinte: fazemos ciência, produzimos pesquisa, temos nosso valor social e somos importantes para as comunidades interna e externa. Essa edição é uma forma de resistência e de coexistência. É o meio pelo qual podemos mostrar o valor da universidade pública – principalmente da nossa UEM – e da área de Humanas. É também uma semente, pois esperamos espalhar o olhar humano, conquistar o respeito de muitos e, sobretudo, cativar pessoas que desejem dar continuidade ao legado do CCH da UEM.

               Para acessar cada reportagem, clique nos links abaixo:

Artes Cênicas e sua atuação acadêmica

Todas as “humanas” resistem pela arte!

Os caminhos cruzados entre pesquisa e ensino nas Ciências Sociais

Comunicação e multimeios: contribuições na convergência das práticas de comunicação contemporânea e na formação de profissionais qualificados

A Filosofia em sua concepção dialógica com a sociedade contemporânea

A atuação do Departamento de Geografia na UEM: ensino, pesquisa e extensão

Curso de História na UEM: um formador de professores por excelência

Preconceitos na área da Letras: o que dizem alunos e professores

Vamos fazer ciência musical? Caminhos da graduação em Música e perfil profissional

Além dos muros da escola: curso de Pedagogia forma transformadores de vidas

O curso de Psicologia na Universidade e a sua importância para a sociedade

Secretariado Executivo Trilíngue: formação ampla e empreendedora

One thought on “As ciências humanas (r)existem

  1. Parabéns aos acadêmicos envolvidos na produção do jornal O Consoante pela excelente qualidade do material publicado e parabéns ao Prof. Neil pela coordenação desse projeto!
    É triste essa visão sobre nossa área e também devido à remuneração pouco atrativa perdemos excelentes profissionais. Iniciativas como essa, de discutir o assunto, são importantes para esclarecer sobre nossa atuação e desconstruir imagens equivocadas que , porventura, tenham de nós!
    Lindo trabalho!!

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