por Vitória Floriano
As Irmãs de Palavra Kelly Shimohiro e Dany Fran mediaram mais uma mesa da FLIM, intitulada Série Vaga-Lume: literatura que ilumina, na tarde de hoje, no auditório Sertões, com a participação de Jô Duarte, escritora de histórias infantis, e Fábio Weintraub, escritor, poeta e editor.
Dany e Kelly iniciaram o bate-papo fazendo contato direto com o público para informar alguns dados da série de livros Vaga-Lume, da editora Ática, dizendo que essa série está há quatro décadas no imaginário dos brasileiros e que ‘’nos anos setenta houve uma revolução tanto no mercado editorial quanto nos leitores no que diz respeito aos livros infanto-juvenis e, ainda, consagrou autores e abriu espaço para outros’’, apontou Dany.
Após o primeiro momento de apresentação da série Vaga-Lume, as Irmãs de Palavra fizeram um adendo sobre a abertura de espaço para publicação das histórias de outros autores, como a escritora Jô Duarte, que contou um pouco sobre as suas vivências, experiências e a sua inserção na escrita de biografias de pessoas comuns e de livros infanto-juvenis.
Na sequência do bate-papo, Fábio Weintraub expôs para o público um pouco sobre os caminhos para a criação de um livro, desde as ideias até chegar às publicações. Dessa forma, para dar seguimento a sua fala, Fábio relembrou os livros antigos da série, dizendo que ‘’eles nasceram pela lei 5692, que exigia que as escolas tivessem livros de ficção de escritores brasileiros’’. Assim, os livros continham fichas de leitura para que ‘’o aluno e o professor aproveitassem ao máximo a leitura’’.
Por se tratar de uma série de livros de entretenimento, Fábio enfatizou que ‘’não existe oposição entre baixa (a de entretenimento) e alta literatura, pois, conforme afirmou Kelly, ‘’essa literatura ajuda a formar leitores, principalmente os leitores infanto-juvenis, que são o público alvo da série Vaga-Lume’’. Essa contribuição é importante, já que os livros têm ‘’temas que o jovem vive diariamente e que também cria em seu imaginário’’, finalizou Dany.
Com o intuito de movimentar o bate-papo, monitores presentes no evento distribuíram papéis para que o público fizesse questionamentos aos dois autores. Um das perguntas foi sobre a dificuldade de ser escritora. “Para quem escreve é divertido criar a história, mas não é fácil porque não basta ter uma boa ideia, tem que saber como contar para que as pessoas queiram ler’’, disse Jô Duarte. Em resposta a mesma pergunta, Fábio fez uma reflexão: “Só sou escritor quando escrevo, porque quando o livro é publicado, a escrita está no passado do escritor. Então, a obra não é mais dele, é do público’’.
Para finalizar, Fábio e Jô Duarte agradeceram à organização da FLIM por decidir homenagear, nesta edição, a série de livros Vaga-Lume. Com isso, Fábio terminou a sua fala enfatizando a importância da leitura em todas as idades, especialmente para as crianças. Recomendou a leitura dizendo que ‘’há sempre um livro certo para a pessoa certa e para o momento certo’’. A despedida ficou por conta das irmãs de palavra, que disseram que ‘’metade do livro é autor e a outra metade é leitor’’.
Enquanto temos o hábito da leitura em nosso cotidiano, a literatura seja ela infantil ou não, contribuí para o desenvolvimento do intelecto,.
É na boa literatura infantil que acontece o desenvolvimento do intelecto de nossas crianças, contagiando com a grande mágica do desvendar o que o autor trás em sua obra.
Crianças e jovens leitores hoje se tornam adultos praticantes no futuro, dando origem a um consumidor assíduo de boas obras com essa atitude passam a dar a sua contribuição, incentivando autores e editoras a permanecerem neste mercado cultural tão indispensável para que Países se mantenham e outros se tornem em primeiro mundo…